As actividades da Sonangol fora do sector petrolífero continuam a pesar nas contas da maior empresa pública angolana. Entre 2020 e 2024, os negócios não-nucleares da petrolífera acumularam 850 milhões de dólares de prejuízos, segundo cálculos feitos com base nos relatórios financeiros da companhia.

Actualmente, a Sonangol mantém 12 entidades activas fora da área do petróleo, em sectores como saúde, transportes, telecomunicações, imobiliário e educação. Mesmo com a privatização de 31 activos desde 2019, o número de empresas não-petrolíferas subiu de 8 para 12 no final de 2024.

O ano de 2022 foi o mais crítico, com perdas próximas de 290 milhões USD. Em 2023 e 2024, os resultados negativos diminuíram, mas continuam significativos.

A gestão destas unidades cabe à Sonangol Holdings, criada para concentrar os investimentos fora do núcleo petrolífero. A estratégia de redução de activos não essenciais, iniciada após a reforma do sector em 2019, visa devolver o foco à exploração e produção de petróleo, mas os impactos financeiros dessa diversificação passada ainda são visíveis nas contas do grupo.

Francisco Soque | Redactor

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