A norueguesa BW Energy está a analisar a possibilidade de adquirir a participação não-operacional da Azule Energy no bloco 14/14K, localizado no offshore angolano. A empresa sublinha, contudo, que não existe ainda qualquer acordo vinculativo.
Num comunicado publicado no seu site, a BW Energy explicou que a sua estratégia passa pela identificação e avaliação contínua de “oportunidades de aquisição de activos”, frisando que “não há garantia de que o processo resulte numa transacção”.
O bloco 14/14K, operado pela Cabinda Gulf Oil Company, subsidiária da Chevron, foi o primeiro campo de águas profundas a entrar em produção em Angola, em 1999, marcando um marco histórico para a indústria petrolífera nacional.
Actualmente, a Azule Energy — joint-venture entre a italiana Eni e a britânica BP — detém 20% do bloco 14 e 10% do bloco 14K. Entre os restantes parceiros do consórcio encontram-se a Chevron, a TotalEnergies, a Sonangol, a congolesa SNPC e a Etu Energias, que em 2024 adquiriu as participações da Galp (9% no bloco 14 e 4,5% no bloco 14K).
Uma participação não-operacional garante ao investidor acesso aos lucros e responsabilidades financeiras do bloco, sem poder de decisão sobre a gestão técnica ou operacional, reservada ao operador.
A BW Energy, subsidiária do grupo norueguês BW, é uma companhia independente de exploração e produção de petróleo e gás, com activos no Gabão, Brasil e Namíbia. No início de 2025, as suas reservas e recursos estavam avaliados em 599 milhões de barris de petróleo equivalente.
Com a BW Energy e a Equinor (antiga Statoil) presentes no mercado, Angola reforça a ligação com a Noruega, um dos países mais experientes no sector offshore mundial.
Soque Soque | Redactor
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