12-03-2025
Economia

Pequenas empresas impulsionam economia angolana
O crescimento das pequenas empresas tem sido um dos motores da economia em Angola, representando 70 por cento dos negócios no país e absorvendo 75 por cento da mão-de-obra, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.
Para o especialista em Direito Tributário, Hilário Faria, a crise económica levou muitas famílias a adoptarem estratégias mais conservadoras de gestão financeira, impulsionando a criação de micro-empreendimentos. Em entrevista ao Jornal Economia & Finanças, ele destacou que esse movimento tem sido crucial para a dinamização de sectores como comércio, agricultura, serviços e pequenas indústrias.
Nos últimos anos, observou-se um aumento de empresas informais, muitas delas de carácter familiar. Embora sejam fundamentais para a economia local, enfrentam desafios como instabilidade financeira e dificuldades no acesso ao crédito. "A força dessas empresas reside na capacidade de adaptação e na geração de emprego, mesmo em tempos difíceis", sublinhou Hilário Faria.
As empresas unipessoais também têm crescido, impulsionadas pela facilidade de formalização e pela rápida resposta às necessidades do mercado. Segundo o especialista, esse dinamismo contribui para o fortalecimento da classe empresarial e do tecido económico do país.
Para garantir um ambiente mais favorável às pequenas e médias empresas, Hilário Faria defende a implementação de políticas públicas que incentivem a formalização, oferecendo benefícios fiscais e acesso facilitado ao microcrédito. Além disso, sugere a criação de programas comunitários que capacitem empreendedores em gestão financeira e desenvolvimento de negócios.
Embora os indicadores do INE apontem para um crescimento positivo do sector, o especialista alerta para a necessidade de reformas regulatórias que simplifiquem os processos de registo e formalização de empresas, tornando o ambiente empresarial mais competitivo e sustentável.
Francisco Soque | Redactor
Foto: DR
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