A consultora Oxford Economics prevê que Angola se torne, em 2025, o maior produtor africano de diamantes, ultrapassando o Botsuana, mas alerta que a queda dos preços internacionais limitará os benefícios económicos.

Segundo a análise, Angola deverá atingir 16,1 milhões de quilates este ano, contra 15,1 milhões do Botsuana. A produção angolana cresceu para 3,7 milhões de quilates no segundo trimestre, face a 3,6 milhões no primeiro, totalizando 7,3 milhões no primeiro semestre.

Já o Botsuana registou uma quebra acentuada, com 2,7 milhões de quilates no segundo trimestre, contra 4,7 milhões no anterior, devido aos cortes intencionais da De Beers, responsável por 95% da produção do país.

Apesar da ultrapassagem histórica, a Oxford Economics sublinha que o contexto global do sector não é favorável. A descida dos preços e a crescente concorrência dos diamantes produzidos em laboratório reduzem as margens de lucro.

No ano passado, Angola já tinha superado o Botsuana em valor de vendas, com 1,41 mil milhões de dólares, face a 1,36 mil milhões. Ainda assim, os analistas concluem que “o momento para Angola se tornar uma potência diamantífera não poderia ser pior”.

Soque Soque | Redactor

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