O crédito à economia em moeda nacional atingiu os 6,3 biliões de kwanzas em Abril deste ano, um crescimento de 33,6% face ao mesmo período de 2024, segundo dados do Banco Nacional de Angola (BNA). Em relação a Dezembro do ano passado, o aumento foi de 302,7 mil milhões Kz, o equivalente a 5,0%.
No total, o crédito bruto ao sector não financeiro cifrou-se em 7,8 biliões de kwanzas, dos quais 87,2% foram absorvidos pelo sector privado – incluindo empresas e particulares – e apenas 12,8% pelo sector público, que compreende tanto a administração pública como as empresas estatais.
O endividamento do sector público totalizou 1,0 bilião Kz, com 64,5% afectos à administração pública e 35,5% a empresas públicas. Em termos comparativos, houve um crescimento de 309,4 mil milhões de kwanzas face ao mesmo mês do ano anterior.
Já o sector privado registou um acréscimo de 1,1 biliões Kz (19,3%) em relação a Abril de 2024. O crédito às empresas privadas não financeiras subiu para 5,3 biliões Kz, com um aumento de 831,7 mil milhões (18,4%), enquanto os particulares atingiram 1,5 biliões Kz, um acréscimo de 273,4 mil milhões (22,4%).
No que toca ao Sector Real da Economia, o crédito totalizou 1,6 biliões Kz em Abril, mais 258,1 mil milhões do que no período homólogo, representando um crescimento de 19,7%. O destaque vai para o subsector da Indústria Extractiva, que sozinho absorveu um aumento de 180,7 mil milhões Kz (53,3%).
Segundo o banco central, do total concedido ao Sector Real, 1,3 biliões Kz foram atribuídos ao abrigo do Aviso 10/2024, o que corresponde a 85,5% do crédito dirigido a este segmento e 17,3% da carteira global de crédito bruto. Este financiamento teve um crescimento anual de 22,1%, fortemente impulsionado pela Indústria Extractiva, que registou um incremento de 152,5 mil milhões Kz (82,7%).
As Indústrias Transformadoras, a Agricultura, Produção Animal, Florestas, Pesca e Caça também constam entre os principais subsectores beneficiados pelo crédito ao Sector Real.
Francisco Soque | Redactor
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