As administrações municipais de Caimbambo e Chindumbo, na província de Benguela, consideram o Corredor do Lobito uma solução estratégica para melhorar o escoamento da produção agrícola local e impulsionar as exportações para os países da África Austral.
Em declarações ao Jornal de Angola, a administradora municipal do Chindumbo, Laureana Veríssimo, destacou que a infra-estrutura ferroviária representa uma oportunidade para ampliar a comercialização de produtos como feijão, batata-doce, ginguba, repolho, tomate e cebola nos mercados regionais e internacionais. “Benguela, por albergar esta infra-estrutura, tem grandes chances de aumentar os níveis de exportação da produção agrícola”, afirmou.
Por sua vez, a administradora municipal de Caimbambo, Miraldina Morgado, salientou que, além da dinamização do comércio externo, o Corredor do Lobito pode gerar novas oportunidades de emprego, atraindo investimentos e fortalecendo a presença de empresas ao longo da linha férrea.
“Como a linha passa pelo nosso município, acreditamos que o Corredor do Lobito trará um impacto positivo para a economia local”, referiu.
A responsável incentivou os jovens a investirem na formação técnica e no domínio da língua inglesa, considerando essencial para aproveitarem melhor as oportunidades que o mercado de trabalho poderá oferecer.
Além do impacto na exportação e no emprego, a administradora destacou o potencial do corredor para impulsionar o turismo e o sector hoteleiro, tornando Benguela mais competitiva no cenário regional. “A capacidade de transporte e comercialização facilitará a colocação dos nossos produtos nos mercados externos, ao mesmo tempo que atrairá visitantes ao país”, concluiu.
Francisco Soque | Redactor
Foto: Reprodução RTP
