28-08-2025
Economia

Activo das IFNBs sobe 60,9 no I trimestre e chega 191,2 mil milhões kz
O activo agregado das Instituições Financeiras Não Bancárias (IFNBs) atingiu 191,2 mil milhões Kz no primeiro trimestre de 2025, o que representa um crescimento de 60,9% face aos 118,8 mil milhões Kz registados no mesmo período do ano anterior. Os dados foram avançados pelo Banco Nacional de Angola (BNA), durante uma conferência inserida no ciclo anual de debates promovidos pelo banco central.
A directora do Departamento de Supervisão Não Bancária do BNA, Analdete Garcia, destacou que o sector apresenta uma trajectória de expansão, embora ainda persista uma concentração das instituições em Luanda e um défice de presença noutras províncias. Actualmente, operam no País 24 casas de câmbio, 21 sociedades de crédito, 18 sociedades prestadoras de serviços de pagamento (SPSP), três cooperativas de crédito e dois fundos, num total de 68 instituições. Só neste ano, três iniciaram actividade, envolvendo no conjunto cerca de 1.333 trabalhadores, dos quais 57% homens e 43% mulheres.
Apesar de serem numéricamente menos representativos, os fundos detêm a maior quota de mercado, controlando 49,6% dos activos globais do sector. Seguem-se as SPSP, que consolidaram 29,8% até ao primeiro trimestre, após um salto significativo em apenas um ano, já que em igual período de 2024 detinham somente 8,7%.
Segundo Analdete Garcia, os maiores entraves à solidez do sistema estão relacionados com a prestação de contas, o cumprimento das normas contabilísticas e a qualidade dos registos efectuados nos balancetes. A responsável acrescentou ainda a necessidade de revisão da regulamentação operacional e prudencial, melhorias no reporte de informação e a efectiva implementação da plataforma “Regulator”, novo portal de reporte de dados ao BNA.
A supervisora sublinhou igualmente a importância da massificação dos serviços e produtos das IFNBs, da conclusão da avaliação sectorial de risco de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo (BC/FT) e do exercício de avaliação FSAP.
Outro ponto crítico prende-se com a origem dos fundos utilizados para entrada de novos operadores no mercado. O BNA exige que estas instituições demonstrem solidez financeira e licitude das suas fontes de capital. Já no caso das entidades reguladas pela Comissão do Mercado de Capitais (CMC) e pela Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), a dificuldade mais recorrente está no cumprimento dos requisitos documentais exigidos, o que reforça a necessidade de maior clareza e divulgação das regras por parte dos supervisores.
Soque Soque | Redactor
Foto: DR
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