23-11-2024
Economia

AAPCIL defende incentivos para indústrias caseiras como alternativa ao desenvolvimento econômico
A Associação Agropecuária Comercial e Industrial da Huíla (AAPCIL) defendeu, na última sexta-feira, a criação de políticas públicas que incentivem o surgimento de indústrias familiares, também conhecidas como caseiras.
A proposta foi apresentada pelo presidente da associação, Paulo Gaspar, durante a celebração do Dia Nacional da Indústria, em meio ao contexto de dificuldades financeiras enfrentadas pelo país para investir na indústria pesada.
Gaspar destacou que as pequenas indústrias caseiras, como charcutarias, produção de enchidos, lacticínios e transformação de produtos agrícolas, têm potencial para contribuir significativamente para o Produto Interno Bruto (PIB). Ele afirmou: "Enquanto o país não tiver grandes recursos financeiros, temos que apostar na indústria caseira, que já sustenta e emprega muitas famílias."
Outro ponto enfatizado foi a necessidade de melhorar o acesso ao crédito bancário, atualmente considerado caro e pouco atrativo. Segundo Gaspar, embora os programas do governo sejam bem estruturados, as altas taxas de juros dificultam o crescimento do setor. Ele sugeriu que o sistema bancário se adapte aos objetivos do governo de fomentar a produção nacional.
Ana Paula Miguel, diretora do Instituto Nacional de Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), reforçou a importância de os empresários registrarem suas marcas no programa "Feito em Angola" para proteger seus produtos e valorizar a produção local.
A província da Huíla conta atualmente com 513 indústrias, das quais 442 estão em funcionamento, 30 estão paralisadas, e 42 encontram-se em fase de implementação, segundo dados do Gabinete do Desenvolvimento Econômico.
Francisco Soque | Redactor
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